Por muitas vezes fiquei frustrado com a maneira que jogava a mão AK. Por exemplo, um jogador tight aumenta pré-flop de uma posição inicial. Eu reaumento com AK. Todos foldam até que o primeiro agressor vai de all-in. E eu por pensar nos odds ou por achar que AK é uma mão muito forte, acabava pagando. Algumas vezes encontrava AK pelo caminho e dividia o pote. Outras, flipava(estando no pior lado do flip) contra QQ. E várias vezes me encontrava dominado por KK ou AA. Estou evitando tais situações quando os stacks efetivos são deep, principalmente em começo de torneio.
Hoje, nesta mesma situação descrita, estou apenas dando call com AK. Isso é interessante por vários motivos:
- Mantém o pote pequeno com uma drawing hand como AK. Se estiver em posição ainda tenho a oportunidade de levar o pote caso o primeiro agressor dê check, independente do flop.
- Leva mãos como AJ e AQ para jogar post-flop e é possível ganhar um pote grande caso um ás apareça.
- Nas vezes que estiver jogando contra AA, KK, QQ, JJ vou jogar potes menores, mesmo acertando o flop. Digamos que por exemplo eu tenho dado call com AK e o vilão tenha AA. Caso o flop venha KQ9ss ou K78sss é bem possível que consigamos ir para o showdown de maneira barata, dependendo do turn e river. É raro um bordo onde AA possa extrair valor nas 3 streets contra meu top pair, principalmente fora de posição.
- Vou ter a desvantagem de talvez não poder ver as cinco cartas quando estiver contra QQ, JJ, TT, o que aumentaria as chances do AK, mas tudo bem. É horrível colocar todas suas fichas no começo de torneio tendo apenas 45% de equidade. Oportunidades melhores virão.
No caso de situações de stacks efetivos mais apertados, abaixo de 35-40 big blinds, é correto tentar colocar todas as fichas no centro com AK. Talvez não haverá chances melhores.
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